Imagine uma estação de trem enorme na região central da cidade (passavam por lá, diariamente, em 1930, 69 locomotivas; mais de 360 pessoas trabalhavam no local). Essa estação, inaugurada em 1890, funcionou ininterruptamente por mais de 60 anos, incluindo aí as duas guerras mundiais em que a Alemanha se meteu.
Quando a cidade foi dividida em 1952, as instalações foram abandonadas e o mato tomou conta. E tomou conta de tal maneira, que quando o povo foi olhar, tinha virado uma floresta. Aí a dona do pedaço, a empresa estatal de trens, resolveu doar a área de 18 hectares para compensar o impacto negativo para o meio ambiente que teria a expansão da malha ferroviária na região central da cidade; e o lugar virou um parque lindo.
Ainda tem o galpão central onde era feita a manutenção dos trens (a maioria das composições era de carga), a torre de água e todos os apetrechos necessários para a operação. É impressionante ver como cresceram árvores inteiras enormes bem no meio dos trilhos; chega a ser surreal.
A área ficou sendo um parque de proteção da fauna e flora (Natur Park Schönenberger Südgelände) e abriga ainda um espaço de arte; há um museu de esculturas a céu aberto que usa a própria sucata da estação como matéria-prima, além de alguns caminhos e túneis decorados com street-art. Também há espetáculos teatrais (nessa temporada apresentações ao ar livre de 4 peças de Shakespeare) e um café bem charmoso que funciona nos finais de semana.
Para que a área seja realmente protegida, na maior parte é proibido pisar na vegetação; para isso eles capricharam em passarelas de metal muito estilosas.
Fonte: Bellatrix Por Ligia Fascioni postado em: http://www.hierophant.com.br
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