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domingo, 2 de maio de 2010

Brasileiros: Aproveitem!

Segundo o pai do BRIC'S Jim O'Nill, em entrevista ao Jornal Estadão de hj, pág.B14, as previsões do Produto Interno Bruto (PIB) para 2010 e 2011 demonstram um crescimento de 4,3% para o ano em curso e de 4,4% para 2011. Numa visão ainda mais controvertida, relacionada à emergência das chamadas economias Bric, O'Nill acredita q a tendência do crescimento mundial - a taxa à qual é possível crescer sem gerar pressões inflacionárias - é possivelmente de alta. Talvez não nos EUA, com o problema do crédito, ou na Grã-Bretanha, ou em certas partes da Europa, mas elas não são o mundo.

O'Nill faz o seguinte diagnóstico: "há evidências cada vez mais concretas de que - China, Índia e Indonésia - estão mostrando sinais de uma tendência de crescimento maior. Esses três países sozinhos representam cerca de 3 bilhões de pessoas. No que se refere à China e à Índia, é concebível que, nos próximos anos, ambas possam crescer a perto de 10% ao mesmo tempo, e fundamentalmente graças à demanda interna. No que diz respeito à Europa, a Rússia, deverá crescer entre 5% e 7% nos 2 próximos anos, e a Turquia, mostra sinais crescentes de uma vigorosa recuperação. Na África, há países que mostram estar fazendo coisas de maneira diferente do que faziam no passado. E, evidentemente, olhando a América Latina, o Brasil exibe inúmeros sinais de uma vitalidade à qual sua grande população não está acostumada. Somando tudo isto, acho que a taxa de crescimento não inflacionária mundial será possivelmente de 4%.

Em termos teóricos, como o PIB mundial poderá crescer 6,5% em cada um dos próximos 2 anos, fechando o "gap" da produção, pois, mtos participantes dos mercados financeiros não estão preparados para essa possibilidade, e, se os bancos centrais continuarem tão cautelosos quanto agora, apesar de todos os supostos problemas, os mercados acionários mundiais talvez continuem se recuperando, e, contrariamente a muitos temores, os mercados de títulos do governo mundiais também poderão ter um bom desempenho.

O'Nill chama atenção para a China que no primeiro trimestre de 2010, as importações cresceram mais de US$ 500 bilhões em termos anuais, que embora sua a economia tenha apresentado um crescimento do PIB de cerca de 12% no primeiro trimestre, seu mercado de ações tem andado de lado desde o final de 2009. Conseqüentemente, segundo o consenso em termos atuais e futuros, o coeficiente preço-lucro caiu significativamente e as ações chinesas parecem bastante atraentes. A China continua se ajustando: sua economia, outrora impulsionada pelas exportações, está se tornando uma economia baseada na demanda interna sustentada, particularmente no consumo, quanto mais rapidamente eles reduzirem o crescimento para a área dos 10% com um equilíbrio sustentado, mais confiança inspirarão a todos.

O'Nill menciona outro problema, o risco da chamada recessão em W nos EUA e no Ocidente. Embora ali esse risco esteja sempre presente por causa de um erro tolo de estratégia, o fato é que as condições financeiras nos EUA, na Europa e em toda a região da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) permanecem bastante favoráveis, sugerindo uma recuperação razoável e o risco cada vez menor de uma recessão em W.

No tocante ao nosso Brasil, exibe inúmeros sinais de uma vitalidade à qual a qual sua grande população não está costumada, ou seja, os aspectos econômicos encontram-se favoráveis, com sinais cada vez mais claros de uma saudável primavera. Aproveitem! Diz O pai do BRIC'S.

Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100502/not_imp545721,0.php

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