Imagem: Galeria de J. Luís Ω |
O número de apagões graves, como
o que acaba de atingir sete Estados do Nordeste, quase dobrou nos últimos dois
anos, segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). De acordo com
boletins do órgão, foram registrados no ano passado 91 desligamentos superiores
a 100 MW (o equivalente ao consumo médio de uma
cidade com 400 mil habitantes). Em 2009 foram 77 desligamentos acima de 100 MW
e em 2008 foram 48. O número de blecautes caiu entre 2005 e 2008, mas voltou a
subir em 2009. Naquele ano, o apagão mais abrangente
na história do país deixou sem o fornecimento de energia 70 milhões de pessoas
em 18 Estados. Todavia, um
apagão afetou parte da região Nordeste do nosso país
no início desse mês, (mais precisamente entre
a noite de 3/02 e a madrugada 04/02. Pelo menos 08
estados foram atingidos 05 do Ne, entre eles Ba, Al, Pe, Pb e Ce. Segundo dados da Nicomex, mais
de 13,5 milhões de clientes foram afetados pelo
apagão. De acordo com a Chesf (Companhia Hidroelétrica de São Francisco), houve
uma falha no circuito eletrônico da subestação Luiz Gonzaga, no município de
Jatobá,em Pernambuco. Assim, os sistemas das usinas de Xingó, Paulo Afonso e
Luiz Gonzaga ficaram desligados. Destarte, outro sistema de
transmissão de Sobradinho, aqui no
Piauí, estava desligado para manutenção, o que "represou" a energia.
Esses acontecimentos provocaram alterações no sistema elétrico, o que levou ao
desligamento em cascata de outras linhas de
transmissão que vão distribuindo a energia até chegar às cidades - inclusive os
pontos de interligação com o Norte e o Sudeste, que poderiam mandar energia,
explicou o Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Para os
especialistas, esse
problema poderia ter sido evitado se a região tivesse
alternativas de geração de energias renováveis, especialmente eólica e solar. A
avaliação é do coordenador da Campanha de Energias Renováveis do Greenpeace,
Ricardo Baitelo em entrevista à Agência Brasil. “Se você tem mais pontos de geração e transporte de energias vindas do litoral, por
meio de usinas eólicas e solares, a gente tem um risco menor de depender de um
único sistema e de ter esse tipo de problema. É claro que não reduz o risco a
zero, mas quando se tem mais possibilidade, você
diversifica isso”, disse, ressaltando
que a Região Nordeste tem um enorme potencial para geração de energias
renováveis. Entretanto, o atual Ministro de Minas e Energia
do Brasil, afirmou
que o Nordeste contará com uma nova capacidade de
geração de energia nos próximos anos que ajudará a atender a demanda de consumidores na região. O ministro destacou
particularmente os leilões para contratação de energia eólica, que aproveitarão
o potencial proporcionado pelos ventos da região. “Estamos ingressando fortemente no
sistema de produção de energia eólica. Vamos fazer
novos leilões específicos de eólica que será praticamente toda implantada no
Nordeste”, afirmou o ministro ao ser questionado
sobre o esgotamento da capacidade de geração hídrica do rio São Francisco.
Fonte:
Nicomex Notícicas - (http://www.nicomexnoticias.com.br -Aéolicas viram solução para o Nordeste).
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