Parcerias para a paz – dignidade para todos
Em 2015, comemoramos o Dia Internacional da Paz, juntamente com o 70º aniversário da UNESCO.
Durante 70 anos, a nossa mensagem tem sido a mesma. A paz deve ser construída nas mentes das mulheres e dos homens, com base nos direitos humanos e na dignidade, por meio da cooperação em educação, ciências, cultura, comunicação e informação. A solidariedade e o diálogo são os fundamentos mais fortes para a paz, orientados pela igualdade, pelo respeito e pela compreensão mútua.
Em tempos de turbulência, quando todas as sociedades estão em transformação e a cultura está sob ataque, esta mensagem nunca foi tão importante. Este é um ano de mudanças para o mundo, quando os Estados vão definir uma nova agenda global de desenvolvimento sustentável, que deve ser uma agenda para a paz, por meio de parcerias em todo o mundo e em todos os âmbitos da sociedade. Hoje, acredito que cada um de nós tem uma responsabilidade compartilhada para moldar um futuro melhor para todos, por meio da construção da paz em nossas próprias vidas, todos os dias.
A paz é mais do que a ausência de conflito armado, entre Estados e dentro dos próprios Estados. O Congresso Internacional da UNESCO sobre a Paz nas Mentes dos Homens de 1989, realizado em Yamoussoukro (Costa do Marfim), foi claro – a promoção de uma cultura de paz clama pela construção do entendimento mútuo entre as comunidades, os grupos sociais e os indivíduos. Hoje, mais do que nunca, os direitos humanos e a dignidade devem ser o nosso ponto de partida, e o diálogo deve ser a nossa ferramenta mais poderosa. A Década Internacional de Aproximação das Culturas (2013-2022), proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, está sendo liderada pela UNESCO para esses fins, para promover a riqueza da diversidade cultural e a construção de novas pontes de diálogo. O mesmo espírito orienta o novo Plano de Ação Integrado da UNESCO, Empoderamento da Juventude para a Construção da Paz, que visa a fornecer, a jovens mulheres e homens, conhecimento, capacidades e valores que lhes permitam viver vidas pacíficas, construtivas e produtivas, assim como para engajá-los como cidadãos globais responsáveis.
Nenhum Estado sozinho, não importa quão poderoso seja, pode garantir a paz. Juntos, em parceria, podemos construir as defesas da paz nas mentes de cada mulher e de cada homem – especialmente nas mentes dos jovens –, para fomentar novas relações de harmonia e compaixão com os outros e com o mundo.
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