No Japão, os professores são os únicos que não precisam reverenciar o Imperador, o que demonstra o seu prestígio na sociedade japonesa. Na Suécia, os docentes são os profissionais muito bem pagos, considerados parte da elite, essenciais para o futuro do país. Uma das grandes receitas de sucesso em diversos países, como na Coréia do Sul, é o investimento em educação e, consequentemente, nos professores. A China tem investido grandemente em educação, acreditando que esta é a chave do sucesso no longo prazo. No Brasil, apesar dos recentes investimentos de expansão do ensino superior, o capital humano tem sido relegado a um segundo plano. Investe-se nas obras, mas não nos pilares que as mantêm. Se este quadro se perpetuar, os melhores cérebros que habitam os corredores das universidades tenderão a migrar para outros espaços, como a iniciativa privada longe da pesquisa. Naturalmente, o problema não habita no fato de pessoas inteligentes e capacitadas se localizarem em outros espaços: a sociedade precisa disso. O problema é quando essa tendência vira regra e existirem cérebros em outras instâncias em agudo detrimento da permanência de bons professores nas universidades, aprofundando a carência de formadores de quadros para o futuro do Brasil. Dadas estas questões, a greve dos professores traz à tona esse velho e importante debate*. Qual futuro queremos?
Fonte: KGEspósito/Relações Internacionais
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