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segunda-feira, 18 de junho de 2012

Integração da mulher é essencial para o desenvolvimento sustentável, diz Chefe da ONU Mulheres

A Diretora Executiva da ONU Mulheres e ex-presidente do Chile Michelle Bachelet, recomendou hoje no Riocentro a maior participação feminina na sociedade, indústria, comércio e principalmente política mundial, essenciais para atingir o verdadeiro desenvolvimento sustentável da humanidade. Falando à imprensa a apenas três dias da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), Bachelet disse que o caminho até que a mulher receba a consideração almejada permanece longo. “Há avanços, mas a mulher ainda está longe na maioria dos países de participar da sociedade no mesmo pé de igualdade que os homens”, disse Bachelet. Ela disse que para haver desenvolvimento sustentável, é essencial que os governos incluam programas ativos de inclusão da mulher em todas as áreas: comercial, social, de saúde, política, educacional e nas ciências e pesquisa, entre tantas outras. “Mulheres e crianças continuam excluídas”. Bachelet dividiu o pódio com Gro Harlem Brundtland, ex-Primeira Ministra da Noruega e atual representante do Secretário Geral para mudanças climáticas, considerada uma das maiores lideranças do mundo ambiental. Autora do relatório ‘ Nosso Futuro Comum’ no final da década de 1980, Brundtland antecipou com o documento a agenda da Rio-92 – a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (UNCED – sigla em inglês) – realizada no Rio em 1992. “Nos últimos anos venho estudando tudo o que se passou desde de 1992 e o que me vem mais à cabeça são as meninas e mulheres, que continuam em sua maioria excluídas de participar da sociedade mundial”, disse Brundtland. “Principalmente, é essencial que o mundo respeite o direito da mulher em determinar quantos filhos quer ter e como quer controlar o seu corpo, isso é o primeiro passo em determinar a paridade social dos gêneros”, analisou. Médica, Brundtland foi também diretora executiva da Organização Mundial de Saúde (OMS). Nascida em 1939, a geração de Brundtland abriu frentes inusitadas no mundo da política escandinava, conquistando espaços e direitos nos países nórdicos até então considerados impossíveis – como a igualdade de direitos na educação e na economia, simultaneamente ao direito universal de cuidar da família sem sofrer penalidades econômicas e profissionais.
Fonte: http://www.onu.org.br/rio20

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